
O Ministério da Saúde atualizou, nesta segunda-feira (20), os dados sobre os casos de intoxicação por metanol, especialmente após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Até o momento, o Brasil registra um total de 104 notificações, sendo 47 casos confirmados e 57 investigações em andamento. Além disso, 578 ocorrências já foram descartadas.
Os casos confirmados estão concentrados em quatro estados: São Paulo lidera com 38 registros, seguido por Paraná com 5, Pernambuco com 3 e Rio Grande do Sul com 1. Entre os casos que ainda estão sob investigação, São Paulo também se destaca com 19 notificações, enquanto Pernambuco aparece com 26, e outros estados como Rio de Janeiro (2), Piauí (3), Mato Grosso do Sul (1), Goiás (1), Paraná (2), Bahia (1), Minas Gerais (1) e Tocantins (1) completam a lista.
O levantamento ainda revela que ocorreram seis mortes confirmadas em São Paulo, duas em Pernambuco e uma no Paraná. Além disso, há 7 óbitos sob investigação, sendo 1 na Paraíba, 1 no Paraná, 1 em Mato Grosso do Sul, 3 em Pernambuco e 1 em São Paulo.
Em resposta ao aumento de casos, o Ministério da Saúde, em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), divulgou orientações para os profissionais de saúde sobre como identificar e tratar a intoxicação por metanol. As recomendações incluem:
Além disso, o Ministério anunciou novas medidas para reforçar o apoio ao estado de São Paulo na confirmação de casos suspeitos de intoxicação. O ministro Alexandre Padilha destacou a importância de acelerar a confirmação ou descarte dos casos.
Uma sala de situação foi criada para monitorar a evolução dos casos e desenvolver estratégias de resposta. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp ampliará sua capacidade de análises, podendo realizar até 190 exames por dia, e a Fiocruz também disponibilizará seu laboratório para apoiar os estados.
O governo também anunciou a chegada do fomepizol, um medicamento importado que inibe a ação tóxica do metanol no organismo. Este lote virá dos Estados Unidos e será distribuído para centros de toxicologia em todo o país, sendo que cada paciente adulto pode necessitar de duas a quatro ampolas do remédio.
Informações adicionais
O Ministério da Saúde continua a trabalhar para garantir que as unidades de saúde estejam preparadas para lidar com essa situação e reforça a importância da comunicação e notificação dos casos. O governo busca estabelecer uma estrutura permanente para a análise de intoxicações químicas, além de medidas para prevenir futuros casos.