O número de viagens nacionais com a Paraíba como destino principal registrou um crescimento de 7,3% em 2024, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano anterior, o estado recebeu 339 mil viagens, um aumento em relação às 316 mil viagens contabilizadas em 2023. Este é o terceiro aumento consecutivo observado na pesquisa, que também registrou 186 mil viagens em 2020 e 203 mil em 2021.
No contexto regional, a Paraíba se destacou entre os três principais destinos do Nordeste, com uma participação de 1,7% no total de viagens no Brasil, empatando com o Piauí e superando Sergipe (1,3%) e o Rio Grande do Norte (1,4%). O IBGE também apontou que a maioria das viagens ocorre para estados da mesma região de origem dos viajantes, com 80,9% dos deslocamentos no país seguindo essa tendência.
Além do aumento no número de viagens, os gastos dos turistas na Paraíba também apresentaram crescimento. O levantamento indicou que os gastos com pernoite, que incluem estadias em hotéis, subiram 0,8% de 2023 para 2024, atingindo uma média de R$ 2.040. Esse valor ficou acima da média nacional de R$ 1.843, mas abaixo da média nordestina de R$ 2.523. Entre 2020 e 2023, o gasto médio com pernoite aumentou 21,5%, passando de R$ 1.664 para R$ 2.022.
O total de gastos com viagens nacionais que incluem pernoite na Paraíba cresceu 72,1% entre 2020 e 2023, saltando de R$ 179,7 milhões para R$ 309,2 milhões, e teve um aumento de 19,5% entre 2023 e 2024, alcançando R$ 369,5 milhões. O gasto per capita diário médio também subiu, de R$ 177 em 2020 para R$ 236 em 2024.
Por outro lado, o número de viagens realizadas por moradores da Paraíba apresentou uma queda de 6,4% em 2024, diminuindo de 298 mil para 279 mil. Essa redução ocorre após um aumento significativo de 55% entre 2020 e 2023, quando as viagens saltaram de 180 mil para 298 mil. A pesquisa abrange tanto viagens nacionais quanto internacionais, além de deslocamentos dentro do próprio estado.
A análise das motivações para as viagens também revelou quedas em algumas categorias. As viagens de caráter profissional caíram 29,4%, passando de 34 mil para 24 mil, enquanto as viagens por motivos pessoais tiveram uma redução de 3,4%, caindo de 264 mil no mesmo período.