A Inteligência Artificial (IA) tem se mostrado uma força transformadora em diversos setores ao redor do mundo, mas no Brasil, a sua adoção ainda enfrenta desafios significativos. De acordo com dados da TOTVS, apenas 8% das empresas brasileiras utilizam a IA em um estágio avançado. No entanto, Alagoas se destaca como um exemplo positivo, mostrando como a tecnologia pode ser um diferencial competitivo.
Um caso notável é o de Caio Cavalcante, proprietário de um escritório de advocacia em Alagoas, que implementou ferramentas de IA há quatro meses com o objetivo de otimizar as tarefas diárias de sua equipe. Os resultados têm sido promissores, com Cavalcante afirmando que “a produtividade da equipe melhorou, assim como o ambiente de trabalho”. Ele enfatiza que a IA é um suporte essencial, mas alerta para a necessidade de moderação, ressaltando que a ferramenta deve auxiliar, mas nunca substituir o trabalho do advogado, que deve sempre revisar as informações geradas pela inteligência artificial.
O sucesso de iniciativas como a de Cavalcante contrasta com a realidade de muitas empresas brasileiras. Cerca de 50% delas ainda não utilizam tecnologia de maneira estruturada, com 58% em um estágio inicial de adoção. Entre os principais obstáculos estão a escassez de profissionais qualificados e a incerteza em relação ao retorno sobre o investimento.
Marcos Betiati, especialista em inovação, destaca que a adoção da IA deve ser vista como uma decisão de gestão e sobrevivência, e não apenas uma questão tecnológica. Ele descreve a IA como um “tsunami” que transforma tudo ao seu redor. “Estou destruindo tudo aquilo que eu fiz e estou refazendo sobre uma nova ótica”, afirma.
O exemplo de Alagoas ilustra que, quando a IA é adotada de forma eficiente e segura, é possível revolucionar processos e negócios. Essa experiência pode servir de modelo para que mais empresas no Brasil superem os desafios da transformação digital e aproveitem as oportunidades oferecidas pela tecnologia.
