Francisco Alexandre assume a superintendência da Sudene após a saída de Danilo Cabral
15 de agosto de 2025 / 17:16
Foto: Divulgação

O engenheiro Francisco Alexandre Ferreira foi nomeado, nesta sexta-feira (15), como o novo superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Ele assume o cargo no lugar do ex-deputado federal Danilo Cabral (PSB), que foi exonerado em agosto, em meio a pressões políticas relacionadas às obras da Transnordestina.

A nomeação foi oficializada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e publicada no Diário Oficial da União. Francisco Alexandre foi indicado para o cargo pelo senador Humberto Costa (PT), e a data da sua posse ainda será definida.

Natural de Bom Conselho, no Agreste de Pernambuco, Francisco Alexandre possui formação em engenharia e direito, além de especializações em instituições de ensino dos Estados Unidos, França, Inglaterra e Brasil. Ele é servidor de carreira do Banco do Brasil e já atuou em conselhos de empresas como Vale, BRF e Kepler Weber.

De acordo com a Sudene, o novo superintendente deverá conduzir um “mandato de continuidade”, priorizando a atração de investimentos estratégicos, o desenvolvimento regional e a execução de obras estruturais, incluindo a Transnordestina.

A Sudene, localizada no Recife, é uma autarquia vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, criada em 1959 com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico do Nordeste, apoiando e financiando projetos de infraestrutura na região.

A exoneração de Danilo Cabral ocorreu no dia 7 de agosto, após dois anos e meio à frente da Sudene. A sua saída foi marcada por polêmicas, especialmente em relação à obra da ferrovia Transnordestina, que gerou críticas de políticos e empresários do Ceará. Um dos principais pontos de pressão foi a insistência do ex-superintendente em retomar a obra no trecho que liga o Porto de Suape, no Grande Recife, a Salgueiro, no Sertão.

Em abril, a Sudene promoveu um evento para discutir a execução da Transnordestina, abordando soluções para os impasses enfrentados, sendo um dos maiores desafios a necessidade de desapropriações. O governo federal havia anunciado para o segundo semestre deste ano o reinício da obra, que está orçada em R$ 3,5 bilhões. Críticas à gestão de Danilo Cabral vieram de lideranças políticas cearenses, como o governador Elmano de Freitas (PT), que teriam articulado sua saída em conjunto com o ministro Rui Costa.