A três dias do início das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras, o Governo do Ceará intensifica esforços para garantir a competitividade das empresas locais. O governador Elmano de Freitas, acompanhado de representantes das federações da indústria e agricultura do estado, além do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, se reuniu nesta terça-feira (29) para discutir os possíveis impactos dessa medida, que deve entrar em vigor em 1º de agosto.
Durante a reunião, foi destacado que o Ceará, que direciona mais da metade de suas exportações ao mercado americano, pode ser um dos estados mais afetados. Produtos como pescados, castanhas, cera de carnaúba e aço estão entre os mais vulneráveis. O setor de pás eólicas também pode enfrentar desafios significativos em seu planejamento estratégico.
Elmano de Freitas ressaltou a importância de intensificar o diálogo com o governo americano para buscar alíquotas mais favoráveis nas transações comerciais. Um grupo de trabalho foi formado, composto por membros do governo estadual e representantes das federações locais, com o objetivo de monitorar a situação e preparar ações que assegurem a competitividade das empresas cearenses.
O governador enfatizou que a prioridade até o dia 1º de agosto é focar nas negociações e que, neste momento, não serão anunciados planos de contingência específicos. A expectativa é que as tarifas possam variar, e a equipe está se preparando para diferentes cenários.
“Não é razoável anunciar medidas de contingência se estamos apostando no diálogo. Temos que colocar força e boa vontade na negociação e estar prontos para qualquer cenário que se apresente”, afirmou Elmano.
A estratégia do governo cearense é garantir que, independentemente do resultado das negociações, as empresas locais estejam preparadas para enfrentar os desafios impostos pelas tarifas. O Porto do Pecém, principal ponto de escoamento das exportações do Ceará, será fundamental para a manutenção da competitividade no comércio exterior.
A situação continua em monitoramento, e as autoridades cearenses estão atentas às movimentações do governo americano, esperando que um diálogo aberto possa resultar em condições mais favoráveis para as exportações brasileiras.