Rio Grande do Norte registra a menor taxa de insegurança alimentar da região Nordeste, aponta IBGE
10 de outubro de 2025 / 18:06
Foto: Divulgação

A insegurança alimentar continua a ser uma preocupação no Brasil, especialmente no estado do Rio Grande do Norte, onde 29,4% dos domicílios relataram essa condição em 2024. Este número representa uma queda em comparação ao ano anterior, quando a taxa era de 33,7%, marcando a menor incidência na região Nordeste.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 371 mil residências potiguares enfrentaram algum nível de insegurança alimentar ao longo do ano passado. Apesar da diminuição, essa taxa ainda é superior à média nacional, que é de 24,2%.

O estado do Piauí lidera o ranking de insegurança alimentar no Nordeste, com 39,3% dos lares em situação vulnerável.

O levantamento do IBGE detalha que a insegurança alimentar pode ser classificada em três níveis:

  • Leve: 19,3% dos domicílios potiguares, o que equivale a 243 mil residências, relataram preocupações sobre o acesso futuro aos alimentos ou a necessidade de consumir alimentos de qualidade inferior para preservar a quantidade disponível.
  • Moderada: 6,3% dos lares enfrentaram uma redução na quantidade de alimentos ou mudanças nos padrões alimentares devido à falta de recursos.
  • Grave: 3,9% das residências, cerca de 49 mil, vivenciaram a falta de alimentos, afetando todos os moradores, incluindo crianças, o que caracteriza uma experiência de fome dentro do domicílio.

A análise da insegurança alimentar é realizada por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite identificar e classificar as percepções das famílias sobre sua segurança alimentar e nutricional. Essa avaliação é feita em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

A pesquisa destaca que, embora o Brasil seja um grande produtor de alimentos, a insegurança alimentar persiste como um desafio significativo, refletindo a complexidade da situação social e econômica do país.