A indústria brasileira registrou desempenho fraco em abril, com retração da produção em 9 das 15 regiões pesquisadas pelo IBGE. O recuo de 0,1% no índice nacional foi puxado especialmente pelas quedas expressivas em estados como Ceará (-3,9%), Espírito Santo (-3,5%) e São Paulo (-1,7%).
No Nordeste, o cenário é preocupante: o Rio Grande do Norte apresentou a maior queda do país, com retração de 12,9%, seguido pelo Ceará. A desaceleração foi influenciada por paralisações temporárias em unidades produtivas e pelo fraco desempenho de setores como produtos químicos, derivados de petróleo, veículos e artigos de couro.
Apesar disso, Pernambuco destoou do quadro geral e registrou o maior crescimento da série histórica em abril, com alta de 31,3%, impulsionado pela retomada de unidades industriais e desempenho positivo em setores específicos.
O levantamento também revela que, em comparação com abril de 2023, houve recuo na produção industrial em 11 dos 18 locais pesquisados. No agregado nacional, o setor industrial segue 21,5% abaixo do pico registrado em fevereiro de 2011, reforçando o alerta sobre os desafios estruturais da indústria brasileira.
Frente a esse cenário, especialistas defendem políticas públicas voltadas à modernização da estrutura produtiva, ampliação da competitividade regional e redução dos gargalos que afetam o setor.